09/07/2010 - 06:22
Da Redação
"Minas se acostumou historicamente, com justa razão, a ter um lugar na história do Brasil e, lamentavelmente, no processo político, acabou ficando subtraída nas suas lideranças políticas. É uma sensação minha, de que há uma certa frustração", afirmou a senadora em visita à cidade de Araguari, no triângulo mineiro. Marina lembrou o nome dos presidentes Juscelino Kubitschek, Itamar Franco e Tancredo Neves, avô de Aécio, entre os mineiros que assumiram o Palácio do Planalto.
A candidata do PV, entretanto, preferiu não citar o nome de Aécio ou de Serra. "Como mineiro nunca diz as coisas tão diretamente como você quer que eu diga, eu vou reivindicar o direito de ser mineira. Eu sei que os mineiros entendem o que eu estou dizendo", afirmou.
Em entrevista após inauguração da sede de um comitê político no município de Araguari, Marina afirmou que os mineiros podem "transformar essa frustração em algo positivo" e eleger a primeira mulher presidente do país. Com o início oficial da campanha, na última terça-feira, Marina foi a primeira a visitar a região como candidata à presidência. Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país.
A agenda de Marina começou com a inauguração de um comitê suprapartidário em Belo Horizonte. Em seguida, a senadora licenciada foi recebida em Araguari por cerca de cem simpatizantes. Marina ainda viaja para Uberaba e Uberlândia, onde inaugura o terceiro comitê domiciliar de sua campanha.
Durante encontro com comitê suprapartidário, a ser comandado pela ex-petista Sandra Starling, desfiliada depois da chapa Hélio Costa (PMDB)/Patrus Ananias (PT) ao governo mineiro, Marina voltou a criticar o texto que Dilma registrou como programa de governo. "Me parece que houve um desconforto do PMDB em relação ao programa protocolado. Quando você tem a possibilidade de apresentar o seu programa, discutir com a sociedade e protocolar o programa que você acha que é o melhor, sem que ninguém fique fazendo embargos , é menos vexatório", disse Marina.
Sandra Starling endossou as críticas: "Não venham me dizer que foi engano, não. Era para manter a coesão interna do PT com os setores à esquerda. Aquele programa foi o preço para manter todo mundo em volta da Dilma