Terra - SP
27/05/2010 - 07:16
Marina defende liberdade de expressão em Cuba e no Irã
Ela apontou ainda a importância de a política de segurança no País ser pensada a partir da valorização da vida e não apenas na repressão
Questionada sobre como atuaria na política externa, Marina Silva afirmou que não é possível relativizar direitos humanos. Esse foi a resposta dada pela pré-candidata do PV à presidência da República em entrevista a rádio BandNews nesta quarta-feira (26) . "É preciso se basear em princípios. Se a liberdade de expressão é um direito para o Brasil, deve ser também para o Irã e para Cuba", completou Marina.
A senadora licenciada, no entanto, reconheceu avanços realizados pelo governo do presidente Lula no quesito, como as relações de colaboração e solidariedade com outros países da América do Sul e da África. Além disso, Marina falou também sobre a distribuição de renda. "O Brasil conseguiu quebrar o paradigma de ter que crescer para distribuir. Provou-se que distribuindo é possível crescer."
Ela apontou ainda a importância de a política de segurança no País ser pensada a partir da valorização da vida e não apenas na repressão. "O respeito à vida deve ser pensado como ferramenta fundamental para a segurança pública". A pré-candidata do PV disse que propõe uma reforma no sistema com foco na inteligência.
Quando a pergunta foi a insegurança do empresariado, de que se eleita ela poderia se tornar inflexível e atrapalhar o desenvolvimento, Marina foi categórica dizendo que as pessoas confundem flexibilização com agilidade. "Agilidade todos queremos, mas flexibilizar de forma antirepublicana não."
Para ilustrar o caso, ela lembrou as pressões que sofreu, quando era ministra do meio ambiente, contra as medidas de combate ao desmatamento do governo federal que sofreu do ex-governador do Mato Grosso e atual candidato ao senado, Blairo Maggi (PR), além do ex-ministro de assuntos estratégicos, Mangabeira Unger. "Quando os dois se colocaram contra mim a ponto de eu sair, queriam que o presidente Lula revogasse as medidas e se ele tivesse feito isso o desmatamento teria aumentado. Dois anos se passaram e hoje a policia federal mostra que eu estava inteiramente certa."