MANIFESTO AOS FILIADOS E FILIADAS
DO PARTIDO VERDE


Abrimos a pré-convenção com a responsabilidade de nortear as decisões a serem tomadas na nossa Convenção Municipal.

Hoje dia 17 de junho, comemoramos o Dia Mundial de Combate à Desertificação, que é a perda da capacidade produtiva dos ecossistemas decorrentes de nossas atividades devastadoras.

Valendo-me, metaforicamente, desta realidade que o dia nos remete a refletir, recomendo que a orientação de nossas decisões sejam despojadas do exagerado pragmatismo daqueles que buscam o poder a todo custo e ao mesmo tempo, de medos responsáveis pela progressiva aridez no campo político.

O nosso Partido é hoje a terceira força política no país. O segundo partido mais lembrado pelo brasileiro com 59% de reconhecimento, segundo pesquisa realizada pelo PSDB em Setembro/2011. Nossos princípios e programa oferecem caminhos para superar o esgotamento do modelo econômico em que vivemos.

Está acontecendo no país a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que marca 20 anos das conferências das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada também no Rio de Janeiro em 1992, na qual produziu-se a Agenda 21 com a introdução do conceito de Desenvolvimento Sustentável.

Se tematicamente, neste momento, somos remetidos para o centro das atenções, temos a responsabilidade política, nessas eleições de verbalizar nossas ideias propagando-as através de nossos candidatos e simpatizantes como única forma de empoderamento compromissado com a nova política na construção da ecodemocracia.

Nosso projeto tem esse lastro. Surgiu sob a diretriz do empoderamento de atores políticos com um novo perfil, quebrando os padrões existentes responsáveis pelo esgotamento do encanto que a política deveria nos proporcionar. Esgotamento este, determinado por ações individualistas que retiram a identidade do político com a de seu Partido, e que torna o processo político de uma previsibilidade decepcionante; transmitindo ao eleitor completa desconfiança do processo eleitoral, deslegitimando os mandatos e fragilizando a democracia.

Assim, conclamo a todos e todas pré-convencionais que reflitam muito sobre os argumentos que determinarão as nossas decisões para que elas, qualquer que seja a orientação quanto a forma como participaremos do processo eleitoral, não nos afaste do projeto original e nos coloque na condição indigna de subordinados a ações políticas com as quais não comungamos; levando nos assim, a contribuir com completo desencantamento com a Política que hoje atinge tantos brasileiros.

Para encerrar, lembro aqui um pensamento da Marina Silva, que é preciso escapar do previsível. Quando a política fica completamente previsível é porque se tornou completamente conservadora. Não é mais transformadora.

Recicle o lixo, renove a política...

Alberto Abraão
Presidente do partido Verde de Maringá, 17 de junho de 2012.